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Heather Broccard-Bell/iStock via Getty Images

SERÁ QUE HOUVE UM PROJETO?

A carapaça do besouro-de-ferro-diabólico

A carapaça do besouro-de-ferro-diabólico

 O besouro-de-ferro-diabólico (Phloeodes diabolicus) vive no oeste da América do Norte. De acordo com investigadores, este besouro consegue aguentar uma carga cerca de 39 000 vezes superior ao seu peso corporal e até pode sobreviver se for atropelado por um carro. Como é que este besouro consegue aguentar tanta pressão?

 As partes superior e inferior da carapaça do besouro unem-se de diferentes formas nas zonas laterais. Uma dessas uniões é mais rígida e resiste firmemente à pressão quando o besouro é comprimido, protegendo assim os órgãos vitais. Outra é menos rígida e deforma-se mais facilmente. O terceiro tipo de união permite que a superfície da carapaça do besouro se desloque. Essa flexibilidade faz com que este inseto consiga enfiar-se debaixo da casca das árvores ou esconder-se no meio de fendas apertadas nas rochas.

 Além disso, a linha central que existe ao longo da carapaça do besouro tem várias saliências que se encaixam como peças de um puzzle. Este formato permite dispersar a pressão exercida sobre o besouro. Essas saliências são compostas por camadas coladas entre si por proteínas. Quando as saliências são comprimidas, formam-se pequenas fissuras que permitem que a estrutura absorva a pressão sem se partir. Com o tempo, as fissuras acabam por cicatrizar.

As saliências encaixam-se umas nas outras como as peças de um puzzle.

As setas vermelhas apontam para os pontos que unem as partes superior e inferior da carapaça do besouro. A seta cinzenta destaca as saliências interligadas ao longo da linha central.

 Os investigadores acreditam que a carapaça deste besouro pode servir como inspiração para projetar veículos, pontes, edifícios e outras estruturas que resistam melhor à pressão ou ao impacto.

 O que acha? Será que a carapaça do besouro-de-ferro-diabólico é resultado da evolução? Ou será que houve um projeto?